Bem, já tinha ouvido falar muitas vezes dela, sem lhe referirem o nome, mas mesmo com muita pesquisa nunca cheguei a descobrir quem era.
Procurava no Google por processador, que me ia dar aos processadores de texto como o Word e à página da Intel. Por food processor, que dava matches mais próximos do que eu queria, máquinas muito potentes mas que não faziam mais na cozinha que uma Steca Impor que os meus pais compraram há vinte anos pelo equivalente ao salário deles durante seis meses. Bons tempos, hoje a Steca Impor nem sequer aparece no Google.
A máquina que se tornara rapidamente num mito e que eu procurava era definida nestes termos: faz a comida toda. Toda? Toda. Corta, descasca, e cose em separado, sem necessidade de abrir a tampa. Ou seja, metendo batatas, leite, manteiga, cebola, alho e fígado de porco era possível tirar iscas com puré de batata. Difícil de acreditar, hã? Nem eu.
Depois, comecei a ouvir alguns chefs falar dela, uns de forma tímida, outros sem complexos, o que me dava uma base de confiança maior. Será verdade? Existirá uma máquina assim? Pelos visto há. E hoje, 5 de Outubro de 2007, eu descobri-a. É a Bimby. Sim, esta máquina existe. E não só faz a feijoada toda, como se lava sozinha. É como um ajudante de cozinha, mas numa versão mais limpa. Porque é que nunca a tinha descoberto? Porque há muita coisa que muda, mas as coisas importantes permanecem imutáveis. E as coisas importantes, neste caso, é o método de venda. A Bimby, a cozinha mais pequena do mundo, é vendida porta a porta por demonstração. Eu já pedi uma. Só acredito vendo. A distribuição tradicional fica de fora, daí não aparecer com facilidade no Google. Lojas, nada. Surpreendente, ou nem tanto, é que a demonstração são será na FAI (Feira Agrícola e Industrial), em Tomar, como a Steca Impor dos meus pais, perante uma plateia de dezenas de portugueses dos anos 80. Agora a venda é feita pelo chefe Vítor Sobral, Henrique Sá-Pessoa ou mesmo o discípulo incondicional da escola francesa Hernâni Hermida. A evolução da sociedade é um facto!, diz Vítor Sobral. Se é! Onde é que eu tenho andado com a cabeça?
5.10.07
Uma receita que promete
Numa entrevista a Vítor Claro, descobri um bom site: o Cooking for Engineers. E neste, uma receita que promete, um risotto de orzo (um tipo de arroz) com camarões amanteigados. Tal como o nome indica, é baseada no risotto mas com a curiosidade do arroz ser cozido por duas vezes, uma no caldo dos espargos e outra com caldo de carne. Não sei se será necessário e muito menos se funcionará, mas que acaba com bom aspecto acaba - vejam a foto em cima. E a combinação dos camarões com espargos é tentadora. Já por muitas vezes tinha pensado como juntar estes dois ingredientes, mas o problema era sempre como conservar a frescura de ambos. Acho que esta receita o conseguirá. Vou testar, não com orzo, mas com arborio, e depois logo digo. Ah, e o caldo de carne, bem, tem que ser de pato (é uma oportunidade para dar vazão a quase um litro que tenho guardado no congelador).
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